O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (8) que os EUA irão intensificar o fornecimento de armamentos à Ucrânia, revertendo a decisão anterior de suspender parte das entregas. A declaração foi feita durante uma reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, e ocorre em meio à escalada do conflito no leste europeu.
“Vamos enviar mais armas. Eles precisam ser capazes de se defender. Estão sendo duramente atingidos agora”, afirmou Trump, destacando que o foco será no envio de armas defensivas.
Reversão de postura
A decisão marca uma reviravolta em relação à posição adotada no início de julho, quando a Casa Branca havia anunciado a suspensão temporária do envio de mísseis Patriot, munições GMLRS, Hellfire, Stinger e outros equipamentos essenciais. A justificativa oficial era a necessidade de preservar os estoques estratégicos dos EUA.
No entanto, após uma conversa considerada “decepcionante” com o presidente russo Vladimir Putin, Trump decidiu retomar os envios, frustrado com a falta de avanços diplomáticos e com a intensificação dos ataques russos.
🇷🇺 Reação do Kremlin
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que Moscou está “atenta a todas as declarações do presidente americano”, especialmente após Trump expressar publicamente sua insatisfação com Putin. A Rússia, que recentemente ampliou seus ataques com drones e mísseis, vê com preocupação a retomada do apoio militar dos EUA a Kiev.
Situação no campo de batalha
A Ucrânia enfrenta dificuldades crescentes na linha de frente, com perdas territoriais e escassez de armamentos. O governo de Volodymyr Zelensky tem feito apelos constantes por reforço militar, especialmente para defesa antiaérea. A retomada do apoio americano é vista como crucial para conter o avanço russo.
O que esperar
Ainda não foram divulgados detalhes sobre os tipos e volumes de armamentos que serão enviados, nem os prazos de entrega. O Departamento de Defesa dos EUA confirmou que os envios serão retomados por ordem direta de Trump, mas ressaltou que a avaliação dos estoques militares globais continua em andamento.
A decisão de Trump reacende o compromisso dos EUA com a defesa da Ucrânia, mas também aumenta a tensão com Moscou. Em um cenário de guerra prolongada e negociações estagnadas, o gesto de Washington pode redefinir os rumos do conflito — ou aprofundar ainda mais o impasse.