O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a se manifestar publicamente em defesa de Jair Bolsonaro, classificando as investigações contra o ex-presidente brasileiro como uma “caça às bruxas”. Em publicação na rede Truth Social, Trump pediu que “deixem o grande ex-presidente do Brasil em paz” e acusou o país de promover um “terrível ataque político”.
Estratégia internacional e articulações nos EUA
O apoio de Trump tem sido usado pela família Bolsonaro como parte de uma estratégia internacional de pressão. O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, está nos Estados Unidos articulando ações contra o ministro Alexandre de Moraes, relator das ações no STF. Moraes, por sua vez, prorrogou por 60 dias o inquérito que investiga essas articulações.
Reação do governo brasileiro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu com firmeza às declarações de Trump:
“A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja.”
O Palácio do Planalto reforçou que ninguém está acima da lei, especialmente aqueles que atentam contra o Estado de Direito.
STF mantém julgamento e vê risco de fuga
Nos bastidores, ministros do Supremo Tribunal Federal consideraram as declarações de Trump irrelevantes para os julgamentos e mantêm o cronograma para julgar Bolsonaro entre agosto e setembro. Há preocupação, no entanto, com um possível pedido de asilo político nos EUA, diante da narrativa internacional construída por aliados de Bolsonaro.
Tensão diplomática e processo nos EUA
A crise ganhou novos contornos com a ação judicial na Flórida, movida por empresas ligadas a Trump contra Alexandre de Moraes, acusando-o de censura por suspender perfis de influenciadores bolsonaristas nos EUA.