O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que nomeará um novo responsável pela coleta de dados econômicos ainda nesta semana. A decisão ocorre após a demissão de Erika McEntarfer, comissária do Bureau of Labor Statistics (BLS), órgão responsável pelos dados oficiais de emprego. Trump alegou, sem apresentar provas, que os números divulgados foram manipulados para prejudicá-lo politicamente.
O relatório de julho mostrou a criação de apenas 73 mil empregos, abaixo das expectativas. Além disso, os dados de maio e junho foram revisados drasticamente para baixo: de 144 mil para 19 mil em maio, e de 147 mil para 14 mil em junho. A taxa de desemprego subiu de 4,1% para 4,2%. Os números indicam uma desaceleração significativa na geração de empregos, comparável aos níveis observados durante a pandemia.
A demissão de McEntarfer gerou críticas de economistas e ex-funcionários do BLS. William Beach, que ocupou o cargo anteriormente, classificou a medida como um “precedente perigoso”. A National Association for Business Economics (NABE) também se manifestou, afirmando que revisões nos dados refletem limitações de recursos, e não manipulação.
O assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, defendeu a decisão, alegando que o presidente busca maior transparência e confiabilidade nos dados. Segundo ele, Trump deseja pessoas de sua confiança nos cargos estratégicos para garantir que os números divulgados sejam claros e consistentes.
Trump declarou que o novo nome para o comando do BLS será revelado nos próximos três ou quatro dias. A mudança ocorre em meio a críticas sobre a condução da política econômica e a implementação de tarifas comerciais que têm impactado investimentos e contratações nos Estados Unidos.