Em telefonema de cerca de uma hora na última quinta-feira (3), o presidente Donald Trump discutiu com Vladimir Putin o prolongamento da guerra na Ucrânia, as negociações de paz em Istambul e a situação no Irã, mas voltou-se frustrado ao afirmar à imprensa que o diálogo não rendeu avanços concretos para um cessar-fogo.
Segundo Trump, Israel já aceitou os termos de uma trégua de 60 dias em Gaza, mas caberá ao Hamas confirmar o acordo — “vamos ver nas próximas 24 horas”, resumiu o presidente norte-americano. Questionado se a conversa com Putin aproximara um cessar-fogo na Ucrânia, ele foi direto: “Não, não fiz nenhum progresso com ele hoje.”
Do lado russo, o Kremlin descreveu a ligação como “sincera e empresarial”. O assessor Yury Ushakov informou que Trump pediu o fim imediato das hostilidades e que Putin reiterou a disposição de Moscou de buscar uma solução política, sem renunciar aos seus “objetivos estratégicos”. Segundo Ushakov, o presidente russo destacou o progresso na implementação de acordos humanitários acordados em Istambul e defendeu que busca “eliminar as causas profundas” do conflito.
Essa foi a sexta ligação entre os dois líderes desde janeiro de 2025, sempre com a guerra na Ucrânia, o controle de armamentos e a reaproximação bilateral na agenda. No entanto, o impasse persiste: enquanto Trump mantém a pressão para um acordo rápido, Putin insiste que não abrirá mão das conquistas territoriais que considera essenciais — mantendo a guerra viva e empurrando a paz para um futuro indefinido.
