O embate entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk atingiu um novo patamar nesta semana, com declarações públicas que misturam ameaças políticas, críticas econômicas e repercussões no mercado financeiro.
O que está acontecendo
- Trump sugeriu que poderia avaliar a deportação de Musk, após o empresário criticar duramente o projeto de lei orçamentária do governo, conhecido como One Big Beautiful Bill.
- Musk, naturalizado cidadão americano desde 2002, não pode ser deportado legalmente sem um processo judicial de desnaturalização — algo extremamente raro e reservado a casos graves, como fraude ou crimes hediondos.
- O presidente também ameaçou cortar subsídios federais às empresas de Musk, como Tesla, SpaceX e Starlink, insinuando que o bilionário “teria que fechar as portas e voltar para a África do Sul” sem o apoio do governo.
Impacto nos negócios de Musk
| Empresa | Dependência de contratos/subsídios federais | Situação atual |
|---|---|---|
| Tesla | Créditos fiscais para veículos elétricos | Ações caíram até 7% após as ameaças |
| SpaceX | Contratos com NASA e Departamento de Defesa | Em risco de revisão pelo DOGE |
| Starlink | Expansão global com apoio regulatório | Citada por Trump como alvo de cortes |
- A queda nas ações da Tesla reflete o temor de investidores quanto à estabilidade regulatória e ao futuro de projetos como o robotáxi, que depende de aprovação federal.
- Musk respondeu com tom desafiador: “Estou literalmente dizendo CORTE TUDO. Agora”, mas indicou que evitará escalar o conflito por ora.
Conflito político e cenário eleitoral
- Musk rompeu com Trump em maio e passou a criticar abertamente o governo, inclusive sugerindo a criação de um novo partido político, o “America Party”, como alternativa ao sistema bipartidário.
- Trump, por sua vez, tem usado o DOGE (Departamento de Eficiência Governamental) como instrumento de pressão, sugerindo que o órgão investigue os contratos das empresas de Musk
