O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu nesta segunda-feira (7) o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para um jantar privado na Casa Branca. O encontro, o terceiro entre os dois líderes desde o retorno de Trump à presidência, ocorreu em meio a negociações indiretas entre Israel e o Hamas no Catar, com o objetivo de alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Cessar-fogo em Gaza e negociações com o Irã
Trump afirmou que há “boas chances” de um acordo de cessar-fogo ser firmado ainda nesta semana. Ele também revelou que os EUA agendaram conversas com o Irã, com a possibilidade de suspender sanções no futuro. O presidente norte-americano disse estar disposto a negociar um “acordo permanente” com Teerã, após ordenar bombardeios contra instalações nucleares iranianas em apoio a Israel.
Realocação de palestinos e cooperação regional
Durante a conversa com a imprensa, Netanyahu sugeriu que os palestinos da Faixa de Gaza poderiam ser realocados para países vizinhos, com apoio dos EUA:
“Se quiserem ficar, podem ficar. Mas se quiserem sair, devem poder sair”, disse o premiê israelense. “Estamos trabalhando com os Estados Unidos para encontrar países que queiram dar aos palestinos um futuro melhor”.
A proposta, no entanto, foi criticada por grupos de direitos humanos, que a classificaram como uma tentativa de limpeza étnica.
Indicação ao Nobel da Paz
Durante o jantar, Netanyahu entregou a Trump uma carta em que o indicava formalmente ao Prêmio Nobel da Paz. O gesto foi recebido com entusiasmo pelo presidente americano:
“Muito obrigado. Eu não esperava por isso. Vindo de você, significa muito”, respondeu Trump.
Próximos passos
Netanyahu deve visitar o Capitólio nesta terça-feira (8) para reuniões com líderes do Congresso. A expectativa é que os desdobramentos da guerra em Gaza, as relações com o Irã e a possível normalização com países como Líbano, Síria e Arábia Saudita continuem no centro das discussões.
O encontro reforça a aliança entre Trump e Netanyahu em um momento decisivo para o Oriente Médio, com negociações delicadas em curso e pressões internacionais por uma solução duradoura para o conflito em Gaza.