Trump e Netanyahu se reúnem novamente para discutir cessar-fogo em Gaza

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Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein
Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reuniu-se nesta terça-feira (8) pela segunda vez em dois dias com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para tratar da guerra em Gaza. O encontro, realizado a portas fechadas no Salão Oval da Casa Branca, durou pouco mais de uma hora e não teve cobertura da imprensa.

Na véspera, os dois líderes já haviam se encontrado durante um jantar oficial, marcando a terceira visita de Netanyahu a Washington desde o início do segundo mandato de Trump, em janeiro. Durante sua estadia, o premiê israelense também se reuniu com o vice-presidente JD Vance e com líderes do Congresso, incluindo o presidente da Câmara, Mike Johnson. Ele deve retornar ao Capitólio nesta quarta-feira para novos encontros com senadores.

Após a reunião com Johnson, Netanyahu afirmou que, embora a campanha militar de Israel em Gaza ainda não tenha terminado, as negociações por um cessar-fogo estão avançando. “Ainda precisamos concluir o trabalho em Gaza, libertar todos os nossos reféns e eliminar as capacidades militares e governamentais do Hamas”, declarou.

Pouco depois, o enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, informou que as divergências entre Israel e o Hamas haviam sido reduzidas de quatro para apenas uma. Ele disse esperar um acordo de cessar-fogo temporário ainda nesta semana, com duração prevista de 60 dias. Segundo Witkoff, o pacto incluiria a libertação de dez reféns vivos e a devolução dos corpos de nove reféns mortos.

A guerra em Gaza começou em outubro de 2023, quando o Hamas lançou um ataque ao sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns. Estima-se que 50 reféns ainda estejam em Gaza, dos quais 20 estariam vivos. Em resposta, a ofensiva israelense já causou mais de 57 mil mortes entre os palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave. A ONU alerta que quase meio milhão de pessoas enfrentam risco de fome nos próximos meses.

Trump tem sido um aliado firme de Netanyahu, chegando a criticar publicamente os promotores israelenses responsáveis pelo julgamento do premiê, acusado de suborno, fraude e quebra de confiança — acusações que Netanyahu nega. Em declarações ao Congresso, o líder israelense elogiou Trump, afirmando que “nunca houve uma coordenação tão estreita entre os EUA e Israel”.

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