Trump envia tropas para Los Angeles sem consentimento do governador da Califórnia

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Fogo em carro durante protestos em Los Angeles — Foto: AP Photo/Eric Thayer

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou o envio de dois mil soldados da Guarda Nacional para Los Angeles, sem a solicitação do governador da Califórnia, Gavin Newsom. A decisão foi tomada para reprimir os protestos contra batidas policiais realizadas por agentes de imigração em locais de trabalho.

Newsom, que frequentemente é alvo de críticas do presidente, classificou a medida como “inflamatória” e afirmou que a situação estava sob controle antes da intervenção federal. Segundo ele, Trump busca um espetáculo político e está patrocinando a violência nos protestos.

O presidente justificou sua decisão alegando que, se Newsom e a prefeita de Los Angeles, Karen Bass, não conseguirem conter os manifestantes, o governo federal “resolverá o problema”.

Os protestos em Los Angeles já duram três dias, com prisões de manifestantes e imigrantes. A presença da Guarda Nacional aumentou a tensão, e veículos foram incendiados em meio aos confrontos.

O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, chamou os manifestantes de “insurrecionistas”, enquanto o czar da fronteira, Tom Homan, ameaçou prender autoridades da Califórnia que “atrapalharem a operação federal”.

A decisão de Trump de federalizar a Guarda Nacional sem o consentimento do governador é incomum. Em 1992, o então presidente George H.W. Bush enviou tropas para conter protestos em Los Angeles, mas apenas após um pedido do governador da época, Pete Wilson.

Já em 2021, quando apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, o presidente relutou em mobilizar a Guarda Nacional, diferentemente do que ocorre agora.

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, cogita ampliar a medida, enviando fuzileiros navais para conter os protestos. Enquanto isso, Newsom desafia Trump e Homan, afirmando que continuará defendendo a Califórnia.

Fonte: Redação

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