O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, intensificou sua retórica contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Supremo Tribunal Federal (STF), após anunciar uma série de medidas comerciais e diplomáticas contra o Brasil. A escalada ocorre em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF e à realização da cúpula do Brics no Rio de Janeiro.
Carta e sanções comerciais
- Em carta enviada a Lula no dia 9 de julho, Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras aos EUA a partir de 1º de agosto.
- O documento acusa o STF de emitir “ordens de censura secretas e ilegais” contra plataformas digitais americanas.
- Trump condiciona a retirada das tarifas à abertura do mercado brasileiro para empresas dos EUA e à suspensão do julgamento de Bolsonaro, que classificou como “caça às bruxas”.
Investigação comercial e pressão diplomática
- O presidente americano ordenou a abertura de uma investigação com base na Seção 301 da legislação comercial dos EUA, usada para apurar práticas consideradas desleais por países parceiros.
- Darren Beattie, subsecretário de Estado para Diplomacia Pública, reforçou a posição de Trump em publicação no X, afirmando que o Brasil está “atacando a liberdade de expressão e o comércio americano”.
- A Embaixada dos EUA no Brasil repostou a mensagem, sinalizando apoio institucional à carta e às críticas feitas ao governo brasileiro.
🇧🇷 Resposta brasileira
- O presidente Lula afirmou que o Brasil “não aceitará ser tutelado por ninguém” e que responderá às tarifas com base na Lei de Reciprocidade Econômica.
- O governo brasileiro também devolveu a carta de Trump à embaixada dos EUA, classificando o conteúdo como “ofensivo e inaceitável”.