O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma nova tarifa de 35% sobre importações canadenses, com início previsto para 1º de agosto, intensificando sua política protecionista e elevando as tensões comerciais na América do Norte. A medida representa um salto em relação à tarifa anterior de 25% e pode subir ainda mais caso o Canadá adote retaliações, segundo carta publicada por Trump em sua rede social.
Escalada tarifária e impacto global
Além do Canadá, Trump indicou que pretende aplicar tarifas entre 15% e 20% sobre a maioria dos demais parceiros comerciais dos EUA, sem necessidade de comunicação formal a todos os países. A retórica agressiva tem gerado repercussões nos mercados financeiros, com queda nos futuros de ações nos EUA e Europa, e preocupação entre analistas sobre uma possível repetição da guerra comercial de 2018.
Reação canadense e possíveis exceções
O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, respondeu com um comunicado destacando os esforços conjuntos no combate ao fentanil e prometeu defender os trabalhadores e empresas canadenses nas negociações com Washington. Apesar da nova tarifa, produtos cobertos pelo USMCA devem permanecer isentos, e tarifas sobre energia e fertilizantes devem continuar em 10%.
O Canadá, segundo maior parceiro comercial dos EUA, exportou US$ 412,7 bilhões para o país em 2024, enquanto importou US$ 349,4 bilhões.
Reações internacionais e próximos passos
Outros países também se movimentam diante da ofensiva tarifária:
- 🇲🇲 Mianmar pretende enviar uma equipe de negociação para discutir a tarifa de 40% sobre suas exportações
- 🇵🇭 Filipinas terá encontro com Trump para tratar da tarifa de 20%
- 🇯🇵🇰🇷 Japão e Coreia do Sul já foram alvo de novas tarifas
- 🧪 Cobre teve tarifa elevada em 50%
A escalada tarifária coloca em xeque o espírito de cooperação do USMCA e pode levar o Canadá a buscar novos parceiros comerciais em meio à redefinição da ordem econômica global.