Trump intensifica ataques à NBC e ABC e pede revogação de licenças de transmissão

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Foto: REUTERS/Nathan Howard
Foto: REUTERS/Nathan Howard

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar duramente duas das principais emissoras de televisão do país — NBC e ABC — e defendeu que a Comissão Federal de Comunicações (FCC) revogue suas licenças de transmissão, alegando viés político e cobertura desfavorável.

Em publicação no Truth Social, Trump classificou as redes como “duas das piores e mais tendenciosas da história” e afirmou que elas publicam “97% de histórias ruins” sobre seu governo, que, segundo ele, vive “um dos melhores oito meses da história presidencial”.

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“Elas são simplesmente um braço do Partido Democrata e deveriam, de acordo com muitos, ter suas licenças revogadas pela FCC. Eu seria totalmente a favor disso porque são tão tendenciosas e mentirosas, uma ameaça real à nossa democracia”, escreveu o presidente.

 Disputas judiciais e investigações regulatórias

As declarações ocorrem em meio a uma série de conflitos jurídicos entre Trump e grandes conglomerados de mídia. Em julho, ele fechou um acordo de US$ 16 milhões com a CBS News, pouco antes da aprovação da fusão entre a Paramount Global e a Skydance Media. Também chegou a um acordo de US$ 15 milhões com a ABC, em um processo por difamação.

O presidente da FCC, Brendan Carr, aliado republicano, já abriu investigações sobre os programas de diversidade, equidade e inclusão da Comcast, controladora da NBCUniversal, além de apurar a relação da NBC com suas afiliadas locais. A ABC pertence ao grupo Disney.

Não é a primeira vez que Trump ameaça o status regulatório da NBC. Em 2017, durante seu primeiro mandato, ele já havia sugerido a revogação das licenças após uma reportagem sobre suposto pedido de aumento no arsenal nuclear — informação que ele negou.

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Apesar da ofensiva contra a imprensa, pesquisas recentes apontam forte rejeição ao governo. Levantamento do instituto The Economist/YouGov, realizado entre 15 e 18 de agosto, mostra que 56% dos entrevistados desaprovam a condução da presidência, enquanto 40% aprovam. A pesquisa ouviu 1.568 pessoas e tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais.

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