Trump planeja tarifa para o Brasil e intensifica ofensiva comercial global

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Presidente Donald Trump - Fonte: Molly Riley / Casa Branca / Flickr

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (9) que pretende anunciar, entre hoje e quinta-feira (10), a aplicação de uma nova tarifa sobre produtos brasileiros. Segundo ele, o Brasil “não tem sido bom conosco”, e a taxa será formalizada por meio de cartas enviadas aos líderes nacionais. A medida faz parte da segunda etapa do chamado tarifaço global, com início previsto para 1º de agosto.

Até o momento, 21 países já foram notificados, com alíquotas que variam entre 20% e 40%. O Brasil ainda não teve o índice confirmado, mas a Casa Branca sinaliza que o número será divulgado nas próximas horas. As tarifas mínimas definidas para esta etapa do programa são de 25% a 40%, dependendo da origem dos produtos importados.

Na segunda-feira (7), o republicano assinou decreto oficializando o adiamento da cobrança para 1º de agosto, estabelecendo que nenhuma prorrogação será concedida. A medida pressiona países parceiros a firmarem acordos comerciais em condições favoráveis aos Estados Unidos.

Além disso, Trump anunciou que todos os países membros do Brics receberão uma tarifa adicional de 10%, em resposta ao que chamou de tentativas do bloco de enfraquecer o dólar como moeda padrão global. “Se quiserem jogar esse jogo, tudo bem, mas eu também sei jogar”, disse. Os países do Brics incluem Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia, Indonésia e Irã.

Em reação, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil e os demais integrantes do Brics são soberanos e não aceitam interferência externa, destacando o compromisso do grupo com o multilateralismo.

As cartas enviadas por Trump foram publicadas em seu perfil na rede Truth Social e estão sendo direcionadas tanto a países específicos quanto a grupos estratégicos. Autoridades dos EUA afirmam que o conteúdo ainda pode sofrer ajustes, conforme os próximos movimentos dos países citados.

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