Trump reafirma início das tarifas “recíprocas” em 1º de agosto: “Nenhuma prorrogação será concedida”

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REUTERS/Kent Nishimura
REUTERS/Kent Nishimura

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta terça-feira (8) que as chamadas tarifas recíprocas começarão a ser cobradas a partir de 1º de agosto de 2025, sem possibilidade de adiamento. A declaração foi feita em uma publicação na plataforma Truth Social, onde Trump enfatizou que “todo o dinheiro será devido e pagável” a partir dessa data.

 O que são as tarifas recíprocas?

As tarifas fazem parte de uma nova política comercial dos EUA que impõe taxas de importação entre 25% e 40% a países que não firmarem acordos comerciais com Washington. A medida afeta mais de 50 nações, incluindo Japão, Coreia do Sul, África do Sul, Malásia e Mianmar.

 Cronologia da medida

  • 2 de abril: Trump anunciou as tarifas recíprocas, inicialmente com alíquotas de até 50%.
  • Abril a julho: As tarifas foram temporariamente reduzidas para 10% por 90 dias, permitindo negociações.
  • 7 de julho: O governo enviou cartas a 14 países notificando o início das tarifas e assinou uma ordem executiva adiando a cobrança para 1º de agosto.
  • 8 de julho: Trump reafirma que não haverá nova prorrogação.

 Contradições e ceticismo

Apesar da firmeza no anúncio desta terça-feira, Trump havia sinalizado no dia anterior que o prazo “não era 100% definitivo” e que poderia ser influenciado por novas concessões dos países afetados. Essa ambiguidade gerou ceticismo em Washington e em Wall Street, com analistas questionando se o presidente realmente seguirá adiante com a medida.

 Impacto global

A política tarifária de Trump reacende temores de uma nova guerra comercial, com potenciais impactos sobre cadeias de suprimento, inflação e crescimento global. Até o momento, os EUA fecharam acordos apenas com Reino Unido, Vietnã e chegaram a uma trégua parcial com a China.

A decisão de Trump marca mais um capítulo em sua estratégia de pressionar parceiros comerciais a renegociar termos considerados desfavoráveis aos EUA. Com o prazo final se aproximando, o mundo observa com atenção os desdobramentos dessa nova ofensiva tarifária.

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