O governo dos Estados Unidos arrecadou US$ 26,6 bilhões com tarifas de importação apenas em junho de 2025, valor superior a todos os registros mensais da última década. O salto ocorre após o presidente Donald Trump implementar aumentos entre 25% e 50% sobre bens de países como Brasil, China, Alemanha e México.
A receita obtida representa mais de 30% do custo mensal com juros da dívida pública, que ultrapassou US$ 1 trilhão por ano. Cálculos estimam que, se mantidos os volumes de importação de 2024, os EUA poderiam arrecadar até US$ 650 bilhões anuais com as tarifas — o equivalente a 60% da conta de juros.
Especialistas apontam que o custo da tarifa é repassado ao consumidor americano, já que empresas importadoras arcam com os tributos na entrada dos produtos. Isso gera aumento de preços internos, especialmente em setores como eletrônicos, vestuário e peças automotivas.
A estratégia fiscal tenta cobrir déficits orçamentários sem cortar despesas, mas não resolve o desequilíbrio estrutural. As tarifas também afetam cadeias globais e elevam o risco de inflação nos Estados Unidos.