Nimesulida lidera vendas no Brasil, mas é vetada em outros países

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Imagem: iStock

Apesar de sua ampla popularidade nas farmácias brasileiras, a nimesulida é um medicamento que exige prescrição médica no Brasil. O anti-inflamatório não esteroide é classificado como de tarja vermelha e figura entre os remédios mais vendidos no país, com mais de 102 milhões de caixas comercializadas em 2024, segundo a consultoria Close-Up International.

A substância é indicada para quadros de dor, febre e inflamação aguda. Atua inibindo a enzima ciclooxigenase-2 (COX-2), o que reduz a produção de prostaglandinas — compostos relacionados à dor e à resposta inflamatória no organismo.

O uso da nimesulida, contudo, está associado a riscos significativos ao fígado, especialmente quando empregado por mais de 15 dias ou em pacientes com doenças hepáticas preexistentes. De acordo com a Anvisa, reações adversas hepáticas foram relatadas mesmo após curtos períodos de tratamento. Entre os efeitos colaterais mais frequentes estão diarreia, náusea, vômito e, em casos raros, reações cutâneas graves ou distúrbios hepáticos.

A medicação é contraindicada para menores de 12 anos, gestantes, pacientes com histórico de úlcera gástrica, problemas renais, hepáticos, cardíacos ou distúrbios de coagulação. A dose diária recomendada é de 100 mg duas vezes ao dia, por no máximo 5 a 15 dias, conforme orientação médica.

A venda da nimesulida sem receita configura infração sanitária e pode ser denunciada à vigilância local. A Anvisa reforça que o uso deve ser supervisionado por profissional de saúde.

O medicamento está proibido ou não autorizado em países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Japão, Espanha e Irlanda, devido a relatos de insuficiência hepática grave. No Brasil, permanece liberado, mas com exigência de receita simples e uso restrito.

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