O comércio brasileiro deve movimentar R$ 7,97 bilhões no Dia dos Pais de 2025, segundo projeções da Confederação Nacional do Comércio. O valor representa um crescimento de 3,2% em relação ao ano anterior e marca o maior desempenho da data desde 2014. O avanço é atribuído à combinação de mercado de trabalho aquecido e aumento real da renda média dos trabalhadores.
O setor de vestuário lidera as estimativas, com faturamento previsto de R$ 3,2 bilhões. Cosméticos e perfumaria também ganham espaço, impulsionados por modernização de farmácias e diversificação de produtos. Apesar do otimismo, o consumo enfrenta obstáculos como juros elevados, inadimplência e inflação persistente.
A taxa Selic em 15% ao ano elevou o custo do crédito ao consumidor, enquanto cerca de 81% das famílias com renda de até três salários mínimos estão endividadas. Ainda assim, o emprego formal tem ajudado a sustentar o consumo no curto prazo.
O impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos ainda não se reflete diretamente no varejo, mas a expectativa de alta do dólar — projetado entre R$ 5,60 e R$ 5,70 até dezembro — pode pressionar os preços de produtos importados, especialmente em datas como Natal e Black Friday.
