Vendas do Tesouro Direto em maio batem recorde para o mês e somam R$ 6,86 bilhões

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Tesouro Direto - Crédito: Shutterstock

As vendas de títulos públicos por meio do Tesouro Direto alcançaram R$ 6,86 bilhões em maio, o maior valor registrado para este mês desde a criação do programa, em 2002. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (27). Apesar da leve queda de 3,28% em relação a abril (R$ 7,09 bilhões), o desempenho representa um salto de 35% na comparação com maio de 2024.

O principal fator que impulsionou o resultado foi o vencimento expressivo de títulos atrelados à Selic, em um contexto de juros elevados — atualmente em 15% ao ano. Com isso, esses papéis se tornaram mais atrativos aos investidores, representando 53% das vendas do mês. Títulos vinculados ao IPCA (inflação) responderam por 26,8% das operações, enquanto os prefixados somaram 11,8%.

Entre os papéis de finalidade específica, o Tesouro Renda+ (voltado à aposentadoria) respondeu por 6,6% das aquisições e o Tesouro Educa+ (focado em educação superior), por 1,8%.

O estoque total de títulos no Tesouro Direto chegou a R$ 176,1 bilhões em maio — crescimento de 3,1% em relação ao mês anterior e de 26,1% em 12 meses. A alta foi puxada tanto pela valorização dos títulos como pelo saldo líquido positivo entre vendas e resgates (R$ 3,62 bilhões).

O número total de investidores cadastrados subiu para 32,5 milhões, com 291 mil novos registros apenas em maio. O total de investidores ativos — aqueles com aplicações em aberto — chegou a 2,94 milhões, alta de 15,4% em um ano. Pequenos investidores dominaram a movimentação: 79,3% das vendas foram de até R$ 5 mil, e 56,6% abaixo de R$ 1 mil.

No recorte por prazo, 41,3% das vendas foram de títulos com vencimento em até 5 anos; 39,7% entre 5 e 10 anos; e 18,9% acima de uma década.

Criado para democratizar o acesso aos títulos da dívida pública, o Tesouro Direto segue como opção de investimento segura e acessível, especialmente em momentos de juros altos.

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