Venezuela volta a reconhecer certificados de origem de produtos brasileiros e retoma isenção tarifária

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Nesta segunda-feira (28), o governo venezuelano voltou a validar os certificados de origem de produtos exportados do Brasil, restaurando a isenção tarifária prevista no acordo bilateral entre os dois países.

Durante a última semana, exportadores brasileiros e importadores da Venezuela enfrentaram dificuldades quando o Sidunea — sistema aduaneiro venezuelano — interrompeu o processamento desses documentos, o que resultou na cobrança indevida de taxas sobre cargas que cruzaram a fronteira nesse período.

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Impacto no comércio transfronteiriço

A falha preocupou autoridades e empresários roraimenses, já que a Venezuela é o principal destino das exportações do estado. “Essa taxação poderia prejudicar fortemente o comércio transfronteiriço, afetando empregos, renda e arrecadação”, alertou o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), em nota. Com a normalização, o setor ganha segurança para seguir negociando com o país vizinho.

Sistema reestabelecido

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Segundo Eduardo Oestreicher, coordenador de Negócios Internacionais da Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação de Roraima, após conversa com a Câmara de Comércio e Indústria de Santa Elena de Uairén, o Sidunea foi ajustado e voltou a reconhecer os certificados de origem das cargas exportadas.

Além disso, o Seniat — equivalente à Receita Federal venezuelana — retomou a aplicação do benefício tributário sobre o imposto ad valorem. “Praticamente todos os produtos estão com isenção de 100% sobre esse imposto”, explicou Oestreicher.

Erro técnico ou articulação política?

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Fontes próximas ao governo venezuelano indicam que a suspensão foi resultado de um erro técnico, sem motivação política. No entanto, apontam que houve envolvimento da vice-presidente Delcy Rodríguez para resolver o impasse.

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