O drama da brasileira Juliana Marins, desaparecida desde sábado (21) após cair de uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, ganhou um capítulo inesperado: vídeos com imagens falsas sobre o resgate enganaram até a embaixada brasileira no país. A informação equivocada foi repassada à família da jovem, que acreditou, por horas, que Juliana havia sido encontrada com vida — quando, na verdade, ela seguia desaparecida.
A sequência de erros expôs não apenas o desespero da família, mas também a fragilidade na comunicação entre autoridades locais e diplomatas estrangeiros em meio a operações de resgate em regiões remotas. Um vídeo feito em outro ponto da montanha, com outra vítima, circulou entre grupos oficiais e foi interpretado como se mostrasse Juliana recebendo água e sendo socorrida.
A própria família, ao confiar no canal institucional, compartilhou a boa notícia com amigos e parentes. Só mais tarde descobriram que a informação estava incorreta. A comoção inicial deu lugar a frustração e desconfiança, agravando o cenário de angústia vivido desde a queda de Juliana — vista pela última vez imóvel a mais de 500 metros abaixo do penhasco.
A busca é dificultada pela geografia extrema da região: encostas íngremes, vegetação densa e neblina densa, que impede o uso contínuo de drones térmicos. Turistas que estavam na mesma trilha relataram que o percurso estava escorregadio e que a brasileira ficou sozinha por mais de uma hora antes de despencar.
Sem notícias concretas, a família tem mobilizado contatos locais, guias de montanha, voluntários e redes sociais na tentativa de acelerar o resgate. O pai de Juliana, que tentava chegar à Indonésia por meio do Catar, ficou retido no aeroporto de Doha após o fechamento do espaço aéreo, provocado pelos mísseis lançados pelo Irã contra bases americanas.
Fonte: Redação