Wall Street se recupera e S&P 500 se aproxima de novo recorde histórico

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REUTERS/Brendan McDermid
REUTERS/Brendan McDermid

O índice S&P 500 está prestes a atingir um novo recorde histórico, marcando uma reviravolta notável após ter flertado com um mercado em baixa há apenas dois meses. Nesta quarta-feira (25), as ações nos Estados Unidos apresentaram desempenho misto: o S&P 500 ficou estável, a menos de 1% de sua máxima histórica, enquanto o Nasdaq Composite avançou 0,25% e o Dow Jones recuou 135 pontos (0,31%).

Nos últimos dois dias, o S&P 500 acumulou alta de 2,1%, impulsionado pelo otimismo dos investidores diante do cessar-fogo — ainda frágil — entre Israel e Irã. Na terça-feira, o índice fechou a apenas 0,85% de seu recorde anterior, registrado em fevereiro.

Com a redução das tensões no Oriente Médio, o foco do mercado volta-se para temas domésticos, como tarifas, lucros corporativos, déficit fiscal e a nova proposta legislativa do presidente Donald Trump. “À medida que as tensões diminuem, os investidores voltam a se concentrar em fundamentos”, afirmou Chris Brigati, diretor de investimentos da SWBC.

Apesar de riscos como o possível ressurgimento da inflação com o aumento das tarifas, analistas acreditam que ainda há espaço para valorização. “Não esperamos uma disparada, mas o caminho de menor resistência parece ser de alta”, avaliou Mohit Kumar, estrategista da Jefferies.

Oscilação e retomada

O mercado acionário norte-americano enfrentou forte volatilidade em 2025. Após quedas em março e abril, o S&P 500 recuperou-se em maio e junho, acumulando alta superior a 3,5% no ano. O índice havia atingido seu último recorde em 19 de fevereiro, impulsionado pelo início do segundo mandato de Trump.

A reversão veio após o anúncio das tarifas do “Dia da Liberação”, em 2 de abril, que levou o índice ao seu ponto mais baixo do ano em 8 de abril — 18,9% abaixo da máxima anterior. A recuperação ganhou força quando o governo recuou nas tarifas mais agressivas, permitindo ao S&P 500 subir 6,15% em maio, seu melhor desempenho mensal desde novembro de 2023.

Até o momento, o índice já acumula alta de 3% em junho.

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