Zambelli diz que se apresentará às autoridades italianas quando extradição for formalizada

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Carla Zambelli (PL-SP) Foto: Lula Marques/ EBC

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) declarou que irá se apresentar às autoridades italianas assim que o Ministério da Justiça (MJ) oficializar o pedido de extradição. No entanto, segundo a pasta, o pedido ainda não foi feito porque o Supremo Tribunal Federal (STF) não enviou a comunicação formal necessária.

Caso o pedido seja aceito, Zambelli afirmou que pretende solicitar para cumprir pena na Itália. Segundo advogados consultados por ela, esse processo pode levar de seis meses a um ano e meio.

O primeiro passo será o Ministério da Justiça elaborar o pedido e enviá-lo ao Itamaraty, que então comunicará o governo italiano. A Itália analisará o pedido em duas instâncias e, caso seja negado, Zambelli poderá recorrer à Corte de Cassação, última instância do país.

Fontes do governo brasileiro indicam que já houve conversas informais com autoridades italianas, que sinalizaram que devem acatar o pedido de extradição. Inicialmente, bolsonaristas apostavam que a primeira-ministra Giorgia Meloni, líder da extrema direita, poderia rejeitar a solicitação. No entanto, o fato de o processo já ter transitado em julgado e a invasão do sistema do CNJ ser um fato concreto dificultam alegações de perseguição política.

Mesmo antes da análise do pedido, autoridades brasileiras acreditam que o governo italiano já pode prender Zambelli. Isso porque a deputada foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol na última quinta-feira (5 de junho), após anunciar sua saída do Brasil.

O acordo entre Brasil e Itália prevê um prazo de até 40 dias após a prisão para que o pedido de extradição seja formalizado. No caso de Zambelli, a determinação veio diretamente na decisão do ministro Alexandre de Moraes, o que pode acelerar o envio da solicitação.

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