Zambelli segue foragida após ordem de prisão e extradição para o Brasil

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Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) continua foragida após ter sua prisão definitiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A parlamentar, que deixou o Brasil dias antes da decisão, teve seu mandato cassado e enfrenta um pedido de extradição para cumprir pena de 10 anos de prisão.

Zambelli saiu do Brasil pela Argentina, viajando de carro até Puerto Iguazu e embarcando para Buenos Aires. De lá, seguiu para Miami, nos Estados Unidos, antes de desembarcar na Itália, onde foi monitorada pela Polícia Federal (PF) em parceria com autoridades locais.

A prisão chegou a ser planejada para quinta-feira (5), mas não foi executada porque o nome da deputada ainda não constava na lista vermelha da Interpol, impedindo a ação imediata.

Em entrevista, Zambelli afirmou que não teme a Justiça brasileira, mas confia na Justiça italiana, onde possui cidadania. “Eles vão tentar me prender na Itália, mas eu não temo, porque sou cidadã italiana e lá eu sou intocável”, declarou.

Apesar da postura desafiadora, a deputada disse que pretende se apresentar voluntariamente às autoridades italianas, sem especificar uma data.

Zambelli foi condenada em maio por invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica e inserção de dados falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além da pena de 10 anos de prisão, a decisão prevê o pagamento de R$ 2 milhões em multa por danos morais e coletivos.

Na sexta-feira (6 de junho), a Primeira Turma do STF negou por unanimidade um recurso apresentado pela defesa da deputada. O ministro Alexandre de Moraes pediu a celeridade do julgamento, reduzindo o prazo para que os ministros depositassem seus votos em apenas um dia.

Com isso, a condenação transitou em julgado, permitindo a execução da pena sem necessidade de novas publicações da decisão colegiada.

A Polícia Federal aguarda a inclusão do nome de Zambelli na lista da Interpol, o que pode viabilizar sua prisão na Itália e posterior extradição para o Brasil. Enquanto isso, a parlamentar segue sem paradeiro confirmado.

Fonte: Redação

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