O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, anunciou nesta terça-feira (5), por meio da plataforma X, que teve uma conversa telefônica “produtiva” com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O diálogo ocorreu poucos dias após um ataque russo a Kiev que, segundo autoridades ucranianas, deixou 31 mortos.
Durante a ligação, Zelenskiy relatou que o bombardeio foi mencionado, assim como temas estratégicos como as sanções econômicas contra a Rússia, o apoio militar dos EUA e aliados europeus à Ucrânia, e a possibilidade de um acordo bilateral na área de drones.
“A economia russa continua em declínio, e é por isso que Moscou reage com tanta sensibilidade à firmeza do presidente Trump”, escreveu Zelenskiy. “Isso pode mudar muita coisa.”
O líder ucraniano afirmou que seu país está pronto para formalizar um acordo com Washington voltado à produção de drones, descrevendo-o como “um dos mais fortes”, embora não tenha revelado detalhes.
A conversa acontece em meio à intensificação da pressão dos EUA sobre Moscou. Inicialmente, Trump havia estabelecido um prazo até 2 de setembro para que a Rússia suspendesse sua ofensiva militar. No entanto, esse limite foi antecipado para sexta-feira (9), aumentando a tensão diplomática.
Caso não haja cessar-fogo, os Estados Unidos indicaram que poderão aplicar sanções secundárias a países que mantêm relações comerciais com a Rússia, especialmente no setor energético. A medida visa restringir o financiamento da máquina de guerra russa.
🇮🇳 Como parte dessa estratégia, o governo norte-americano anunciou na segunda-feira (4) o aumento de tarifas sobre exportações da Índia, em resposta à continuidade das compras indianas de petróleo russo.
🇷🇺 Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou o ultimato de Washington e reafirmou que os objetivos militares da Rússia na Ucrânia permanecem inalterados
